Quem disse que brincar é para criança? Assim como, em outras décadas, existiam jogos de tabuleiro que ensinavam a navegar no mundo das finanças, hoje os videogames assumiram o controle, ajudando a administrar o dinheiro corretamente e a tomar decisões bem informadas em todas as idades.
A América Latina enfrenta vários desafios no que diz respeito à educação financeira dos seus cidadãos.
A educação financeira é uma ferramenta essencial para ter uma vida com poucos choques económicos e gerir as finanças de forma correta. Por isso, é importante ensinar as crianças a gerir o dinheiro, mas sempre de uma forma divertida, que as envolva e motive.
É o que expressa Diana Mejía, especialista sênior em desenvolvimento produtivo e financeiro do CAF-Banco de Desenvolvimento da América Latina e membro do Conselho Consultivo do Centro de Educação e Capacidades Financeiras do BBVA, ao explicar os resultados das pesquisas que realizaram. pretende medir o nível de conhecimento em vários países latino-americanos: “a falta de capacidade financeira pode reduzir a poupança, a existência de contas inativas, a excesso de dívidae outros problemas que têm consequências graves para o bem-estar das pessoas.”
Diante desses problemas a serem resolvidos, diversas empresas de tecnologia lançaram diversos videogames cuja missão não é matar zumbis, marcar gols ou construir uma megalópole. Seu objetivo final é que os jogadores aprendam a administrar bem o seu dinheiro e possam garantir melhores oportunidades.
Planeta de Bolso
Colombia Games é uma empresa de videogames que colabora com outras empresas, instituições educacionais, fundações e agências governamentais para projetar e desenvolver jogos com impacto positivo.
Um de seus principais produtos, apresentado na Apple Store em mais de cinquenta países, é Planeta de Bolso, um videogame móvel que permite ao jogador personalizar seu próprio planeta e impulsionar seus negócios. O jogo conta com cerca de 120 componentes para colher, vender e produzir com o objetivo de contribuir para a sua própria economia e a do planeta.
© Jogos da Colômbia
EduChef
Outro dos videogames desta empresa, EduChef é um restaurante virtual onde o jogador é o cozinheiro e responsável pelas finanças. À medida que os obstáculos colocados pela trama são superados (gestão do cardápio, atendimento aos clientes, desbloqueio de novos componentes…), o jogo oferece conselhos sobre poupança, instituições e serviços financeiros.
© Jogos da Colômbia
História do Mega Mall
O telemóvel é o grande trunfo deste tipo de jogos casuais que permitem aprender em qualquer lugar e em momentos específicos do dia. Um bom exemplo é História do Mega Mall, da empresa japonesa Kairosoft Games. Neste videogame, o usuário é dono de um shopping center e deve fazê-lo crescer controlando despesas e receitas para que o negócio seja viável e não vá à falência. Se tomar boas decisões, o shopping poderá adicionar novos andares, ter melhores acessos e abrir mais lojas. Este desenvolvimento terá impacto, não só na economia do negócio, mas também na da cidade, que beneficiará de melhores serviços.
© Kairosoft Games
Futebol Financeiro
A VISA e a National Football League (NFL) dos Estados Unidos se uniram para ensinar conceitos financeiros com Futebol Financeiro, um jogo muito rápido e interativo no qual os jogadores devem responder questões financeiras para avançar no jogo. “Não importa se você é um atleta profissional ou um estudante que trabalha meio período, os mesmos princípios financeiros se aplicam ao jogo”, explicou o jogador da NFL. Thomas Davis em um evento de Futebol Financeiro realizado em Houston: “Se os alunos deixarem de aprender apenas uma coisa nova sobre orçamento, poupança ou investimento, o dia terá sido um sucesso.”
© VISA-NFL